São Bento libera a um monge do demônio – Afresco do
Grande Claustro da Abadia de Monte Oliveto Maior (Italia)
E com uma vara, bateu-lhe de rijo...
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Em um dos mosteiros que São Bento construíra ao redor.
havia certo monge que não conseguia ficar em oração. Logo que os irmãos se
inclinavam nesse exercício, saía e punha-se a revolver na mente vadia coisas
mundanas e transitórias. Admoestado várias vezes por seu abade, foi por fim
conduzido ao homem de Deus, que lhe increpou com veemência a insensatez; de
volta, porém. ao seu mosteiro, mal conseguiu observar por dois dias a
admoestação do homem de Deus; já ao terceiro. recaindo no velho hábito. entrou
de novo a vaguear na hora da oração. Quando isto foi contado ao servo de Deus pelo
pai do mosteiro, respondeu aquele: “Irei eu mesmo. e pessoalmente o emendareí”.
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O homem de Deus foi, com efeito. ao dito mosteiro, e
na hora marcada, quando os irmãos depois da salmódía se entregavam à oração, observou
que o monge que não podia ficar rezando era arrastado por uma figura preta que
o puxava pela orla do hábito. Â vista disso, Bento perguntou secretamente ao
abade do mosteiro. Pompeiano, e ao servo de Deus, Mauro: “Não vedes, então,
quem é que puxa esse monge?" Responderam que não. Ao que retorquíu: “Oremos
para que vejais também vós a quem é que esse monge segue”. Depois de dois dias
de oração, Mauro monge o viu, ao passo que Pompeiano. pai do mosteiro. não o
conseguiu.
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Ora, no dia seguinte. saindo do oratório depois do
ofício. o homem de Deus topou com o dito monge em pé do lado de fora, e aí com
uma vara bateu-lhe de rijo, por causa da cegueira de seu coração. Desde esse
dia o monge nunca mais se deixou induzir por aquela figura preta, permanecendo
sossegado na prática da oração, e o antigo inimigo não mais se atreveu a dominar-lhe
o pensamento, como se fora ele mesmo que levara as pancadas.
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Da Vida e Milagres de São
Bento, por São Gregório Magno, Papa.
Revista Arautos do Evangelho, julho 2017, pág. 2.
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