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domingo, 12 de maio de 2013

400 anos tem a Festa do Divino Espírito Santo em Mogi das Cruzes




 
 
A Festa do Divino Espírito Santo acontece 50 dias após a Páscoa, em comemoração à Festa de Pentecostes, a descida do Espírito Santo sobre Maria Santíssima e os Apóstolos reunidos no Cenáculo / Foto: Jonny Ueda – Na praca enfrente a Catedral.
Uma ata da Câmara da Vila de Santa Ana das Cruzes de Mogi Mirim, datada do dia 4 de maio de 1613, é o principal documento que comprova a fé e devoção do mogiano ao Divino Espírito Santo. Aliás, há uma semana, a própria Câmara de Mogi entregou à Associação Pró-Festa do Divino o título honorífico de Honra ao Mérito, projeto de autoria do vereador Benedito Rubens Fernandes (PR), o Bibo, em reconhecimento aos trabalhos realizados ao longo desses anos e em comemoração aos 400 anos de louvor ao Espírito Santo.
De acordo com o decreto de Bibo, a obra "Mogi das Cruzes de 1601 a 1640", do historiador Isaac Grinberg, já fazia referência, de forma inequívoca, sobre um sentimento de grande respeito dos vereadores para com o dia consagrado de Pentecostes, que permite concluir que o povo da vilazinha mogiana tinha grande devoção ao Espírito Santo. O historiador Angelo Nani relembra que a ata paleografada por Isaac Grinberg, em 1981, está na página 125 do livro "Mogi das Cruzes de 1601 a 1640".
O professor e historiador Jurandyr Ferraz de Campos, um incansável investigador em busca da origem das tradições de uma das mais antigas festividades do País, reforça a afirmação, também baseado nesse mesmo estudo de Grinberg, e menciona que a bordo das naus portuguesas dos séculos XV e XVI estava sendo realizada uma festa: a "Coroação do Imperador do Divino".
O professor Josemir Ferraz de Campos, diretor-cultural da Associação Pró-Festa do Divino, esclarece sobre o documento datado de 4 de maio de 1613: "A Câmara de Mogi é uma das dez mais antigas do Brasil, ela é de 1611, quando a povoação foi elevada à Vila. O dia 4 de maio é uma data muito significativa, não falamos em festa, mas sim em devoção, porque não temos como precisar que tipo de celebração ocorria naquela época. O que sabemos é que havia um respeito à data de Pentecostes, consequentemente se entende que já existia uma devoção ao Divino Espírito Santo".
A Festa do Divino é realizada 50 dias após a Páscoa, em comemoração a Pentecostes, a passagem bíblica marcada pela des­cida do Espírito Santo do céu sobre os apóstolos, sob a forma de línguas, de fogo - por isso, a predo­minância do vermelho nas bandeiras dos devotos. (Maria Salas)
 
 
 

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