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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Procissão na Capela Nossa Senhora dos Remedios, em Mogi das Cruzes

Capela Nossa Senhora dos Remedios, em Mogi das Cruzes, completa 100 anos de historia


Dentro da Paróquia da Catedral Sant´Ana existe a Capela do Bairro dos Remédios, construída há um século, em 1913. / Foto Eisner Soares

No próximo domingo,
dia 10 de fevereiro de 2013,
o Párroco da Catedral de Sant´Ana,
Pe. Cláudio Taciano da Silva Quirino,
presidirá a Procissão da imagem de
Nossa Senhora dos Remedios,
às 15:00 hs.
Todos estão convidados.


Endereço da Capela e inicio da Procissão:
Rua Nossa Senhora dos Remedios, n.o 112
Boa Vista - Mogi das Cruzes
CEP 08715-250


Um levantamento feito pela Paróquia Santana apresenta informações que podem comprovar o centenário da Capela Nossa Senhora dos Remédios, localizada na rua de mesmo nome, no Bairro dos Remédios. Com poucas provas concretas e depoimentos de moradores do entorno da capela, o pároco padre Cláudio Taciano da Silva Querino já prepara a comemoração, programada para ocorrer entre fevereiro e outubro.
Mesmo tendo sofrido várias alterações no decorrer do tempo, desde sua construção, os fiéis encaram a iniciativa como uma maneira de resgatar a história do Bairro e da vida religiosa da região.
"Antes havia uma capelinha, que eu nem imaginava de quando. Era do tamanho das casas mais antigas. A igreja atual é recente, parece que a única coisa que se conserva lá é a imagem de Nossa Senhor dos Remédios", afirma padre Cláudio.
 
Os frequentadores mais antigos da capela confirmam que a primeira construção se deu naquele local em 1913. Com base nessas informações, a Catedral de Santana lançou uma campanha para levantar dados que confirmem a verdadeira data de criação e fotos da época, que tragam a configuração inicial do prédio.
 
"O que mais chama a atenção é o fato de a capela estar naquele lugar há 100 anos. Não estamos comemorando a arte encontrada dentro dela, que é pobre, nem mesmo o prédio, que já sofreu modificações. Mas a gente tem passado por um momento de testemunho oral muito forte. A iniciativa vai despertar nos fiéis a importância do arquivamento deste tipo de documentos. É uma maneira de contar história e de aprender com ela. Mogi é uma cidade que valoriza a cultura religiosa e a gente não pode deixar isso passar", esclarece.
 
De acordo com os moradores ouvidos pela reportagem, o número 1913 talhado na fachada do prédio, que configuraria a data de criação, foi retirado nas inúmeras pinturas e manutenções. No lugar foi instalada uma luminária. "Dizem até que foi para não ser confundido com o número do endereço, que é o 122", explica Johnny Alves Rodrigues, estudante de 23 anos, que há quatro meses foi designado pela Paróquia para a função de zelador do local. "Estou aqui há pouco tempo, mas conheço a capela desde criança", frisa. Ele é um dos responsáveis pelo recolhimento das informações e documentos históricos.
 
Foi Rodrigues quem iniciou a pesquisa. Ele afirma que retirou a imagem de Nossa Senhora dos Remédios, que tem a mesma idade da capela, do altar para preservá-la. "Vamos colocá-la de volta nas festas de comemoração". A figura que representa a santa, dentro da capela, é uma imagem de pedra, que "deve ter mais de 60 anos", de acordo com o estudante. Ele confirma que a peça foi restaurada há um mês. "Ela representa muito para a comunidade", diz.
 
Um dos moradores mais antigos do Bairro, Benedito Cândido de Oliveira Filho, de 77 anos, conta que sua mãe foi a primeira a tomar conta da capela. Segundo ele, o primeiro marido dela (que não foi o seu pai), comprou o terreno e construiu a capela com as suas próprias mãos. "Isso foi em 1913. Sei disso porque é a história da minha família', afirma.
 
Oliveira Filho guarda verdadeiras relíquias em sua casa. Muito bem armazenados, numa pasta com elástico, junto a outros documentos importantes da família, ele mantém a via original do alvará de licença para construção de um prédio naquele endereço, datado de 1916 e um recibo de compra do sino da capela, com a data inicial de 1903 (encomenda) e final de 1913 (entrega). Outro documento, guardado a sete chaves, é o que comprova a compra do terreno, em 1910. São os principais indícios da verdadeira idade do local.
 
Já na década de 1960, houve a necessidade de uma intervenção na construção do prédio. "O teto caiu e fiz uma reunião com o pessoal do Bairro para levantá-lo", afirma o pedreiro aposentado Odécio Reinaldo, de 85 anos.
 
"Lembro que era uma propriedade particular, menor, mas junto com a comunidade, deixamos o espaço maior", confirma. Reinaldo foi o responsável pela compra do terreno nos fundos da capela, utilizado para a ampliação, entre os anos de 1977 e 1978. "Seria muito importante para a comunidade fazer essa comemoração de 100 anos, mas é da primeira capelinha e não da reformada", reforça. (Daniela Cunha - do O Diario de Mogi)

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