"Emmanuel” tem 330 anos, pesa treze toneladas, e ainda faz tremer o chão da praça
e das vizinhanças quando toca as horas desde a torre Norte. O novo sino “Maria” está sendo acabado na Holanda segundo o modelo do anterior e
virá fazer companhia a “Emmanuel”, porém na torre sul. As imensas torres de
pedra não suportariam o peso dos dois juntos. “Maria” pesa seis toneladas e faz
parte de um conjunto de nove sinos novos que substituirão os destruídos pela
barbárie revolucionaria. O projeto do “Maria” foi elaborado pela Universidade
Técnica de Eindhoven. Essa precisou desenvolver um software especial para
desenhar o enorme sino que os Mestres antigos faziam na base da tradição
artesanal adquirida ao longo de séculos de Civilização Crista.

A fundição envolve diversas qualidades e proporções de
cobre e estanho e requeriu apelar a uma fórmula há séculos preservada na
Fundição Real da Holanda, na cidade de Asten. Além das horas, “Emmanuel” só toca
nas grandes circunstâncias como no fim da Primeira e Segunda Guerras Mundiais ou
na liberação de Paris em 1944. Por sinal, ele tocou finados em 11 de setembro de
2001 após os ataques suicidas islâmicos contra as Torres Gêmeas de Nova York. A
intenção é que as torres da catedral executem os jogos musicais anteriores à
Revolução Francesa. Especialistas em música recuperaram manuscritos com as
partituras e as notas originais de cada sino e do conjunto. Os novos sinos serão
oficialmente inaugurados em fevereiro de 2013, mas se farão ouvir em toda sua
glória e potência pela primeira vez no Domingo de Ramos, um mês depois. A
restauração dos sinos, cujo som é exorcístico em virtude da benção especial da
Igreja Católica, é um sinal preanunciador da restauração da ordem cristã após os
vexames e profanações dos tempos revolucionários e anticristãos modernos.
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