Capela Nossa Senhora dos Remedios, em Mogi das Cruzes, completa 100 anos de historia
No próximo domingo,
dia 10 de fevereiro de 2013,
o Párroco da Catedral de Sant´Ana,
Pe. Cláudio Taciano da Silva Quirino,
presidirá a Procissão da imagem de
Nossa Senhora dos Remedios,
às 15:00 hs.
Todos estão convidados.
Endereço da Capela e inicio da Procissão:
Rua Nossa Senhora dos Remedios, n.o 112
Boa Vista - Mogi das Cruzes
CEP 08715-250
Um levantamento feito pela Paróquia Santana apresenta informações que podem comprovar o centenário da Capela Nossa Senhora dos Remédios, localizada na rua de mesmo nome, no Bairro dos Remédios. Com poucas provas concretas e depoimentos de moradores do entorno da capela, o pároco padre Cláudio Taciano da Silva Querino já prepara a comemoração, programada para ocorrer entre fevereiro e outubro.
Mesmo tendo sofrido várias alterações no decorrer do tempo, desde sua construção, os fiéis encaram a iniciativa como uma maneira de resgatar a história do Bairro e da vida religiosa da região.
"Antes havia uma capelinha, que eu nem imaginava de quando. Era do tamanho das casas mais antigas. A igreja atual é recente, parece que a única coisa que se conserva lá é a imagem de Nossa Senhor dos Remédios", afirma padre Cláudio.
Os frequentadores mais antigos da capela confirmam que a primeira construção se deu naquele local em 1913. Com base nessas informações, a Catedral de Santana lançou uma campanha para levantar dados que confirmem a verdadeira data de criação e fotos da época, que tragam a configuração inicial do prédio.
"O que mais chama a atenção é o fato de a capela estar naquele lugar há 100 anos. Não estamos comemorando a arte encontrada dentro dela, que é pobre, nem mesmo o prédio, que já sofreu modificações. Mas a gente tem passado por um momento de testemunho oral muito forte. A iniciativa vai despertar nos fiéis a importância do arquivamento deste tipo de documentos. É uma maneira de contar história e de aprender com ela. Mogi é uma cidade que valoriza a cultura religiosa e a gente não pode deixar isso passar", esclarece.
De acordo com os moradores ouvidos pela reportagem, o número 1913 talhado na fachada do prédio, que configuraria a data de criação, foi retirado nas inúmeras pinturas e manutenções. No lugar foi instalada uma luminária. "Dizem até que foi para não ser confundido com o número do endereço, que é o 122", explica Johnny Alves Rodrigues, estudante de 23 anos, que há quatro meses foi designado pela Paróquia para a função de zelador do local. "Estou aqui há pouco tempo, mas conheço a capela desde criança", frisa. Ele é um dos responsáveis pelo recolhimento das informações e documentos históricos.
Foi Rodrigues quem iniciou a pesquisa. Ele afirma que retirou a imagem de Nossa Senhora dos Remédios, que tem a mesma idade da capela, do altar para preservá-la. "Vamos colocá-la de volta nas festas de comemoração". A figura que representa a santa, dentro da capela, é uma imagem de pedra, que "deve ter mais de 60 anos", de acordo com o estudante. Ele confirma que a peça foi restaurada há um mês. "Ela representa muito para a comunidade", diz.
Um dos moradores mais antigos do Bairro, Benedito Cândido de Oliveira Filho, de 77 anos, conta que sua mãe foi a primeira a tomar conta da capela. Segundo ele, o primeiro marido dela (que não foi o seu pai), comprou o terreno e construiu a capela com as suas próprias mãos. "Isso foi em 1913. Sei disso porque é a história da minha família', afirma.
Oliveira Filho guarda verdadeiras relíquias em sua casa. Muito bem armazenados, numa pasta com elástico, junto a outros documentos importantes da família, ele mantém a via original do alvará de licença para construção de um prédio naquele endereço, datado de 1916 e um recibo de compra do sino da capela, com a data inicial de 1903 (encomenda) e final de 1913 (entrega). Outro documento, guardado a sete chaves, é o que comprova a compra do terreno, em 1910. São os principais indícios da verdadeira idade do local.
Já na década de 1960, houve a necessidade de uma intervenção na construção do prédio. "O teto caiu e fiz uma reunião com o pessoal do Bairro para levantá-lo", afirma o pedreiro aposentado Odécio Reinaldo, de 85 anos.
"Lembro que era uma propriedade particular, menor, mas junto com a comunidade, deixamos o espaço maior", confirma. Reinaldo foi o responsável pela compra do terreno nos fundos da capela, utilizado para a ampliação, entre os anos de 1977 e 1978. "Seria muito importante para a comunidade fazer essa comemoração de 100 anos, mas é da primeira capelinha e não da reformada", reforça. (Daniela Cunha - do O Diario de Mogi)
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